TAATA ANGELO DE KATENDE PROFESSOR DA UERJ CONFIRMA NA CNCACTBB/CRBNDM, A MAJINA DO MUKISI/NKICI DO NOVO TAATA KAMBONDU” MUTAKAUTANA” DA CNCACTBB/CRBNDM , SÓCIO DA BANDA NAÇÃO ZUMBI” CONHECIDO NO MUNDO ARTÍSTICO COMO “TOCA”.
TAATA KATUWANJESI DO ILABANTU TOMA O NOME DE TATETU NCOSI, NA CNCACTBB/CRBNDM, DO MUZENZA “UATANA NJILA” CONHECIDO NO MUNDO ARTÍSTICO COMO “VOCALISTA NEGU EDMUNDO”.
PROFESSOR DOUTOR OTAIR FERNANDES DA URFRJ, FALA SOBRE A LEI 10.639.
EX. MINISTRO DA SEPPIR EDSON SANTOS ESCLARECE SOBRE OS DIREITOS E DEVERES DO ESTATUTO DA IGUALDADE RACIAL
Como já era de se esperar a
programação da CNCACTBB/CRBNDM no dia 2/01/2015, aconteceu em pleno ambiente de
felicidade e harmonia, do princípio ao fim. Descrevendo para os amigos, adeptos
e simpatizantes da nossa linha de trabalho como tudo aconteceu, divido com os mesmos, o valioso,
carinhoso e sincero depoimento publicado em nosso facebook, na segunda feira , após
o evento.
“Respeitável pangeTata Anangue, venho
agradecer em meu nome e da comitiva que me acompanhou, pela acolhida amável,
educada e religiosa pelas quais fomos recebidos em sua linda Nzo, bem como,
pela plêiade de importantes amigos como Prof Othair da UFFRJ, ex-Ministro Edson
Santos, Tata Katuvangeci (Walmir Damasceno), que ladearam a mesa de discussão
sobre a Lei 10639 a ser implementada no ensino fundamental e superior, tendo
você irmão e amigo como mediador, ocasião em que foram tratados assuntos de muita relevância em prol de nossa
cultura e tradições de matrizes afro na óptica acadêmica. Todos puderam
assistir e participar de uma fantástica Kizomba, verdadeiramente pura de
Angola, onde os jipangu dos musambu das Mikange transmitiram toda a essência e
pureza das nossas ancestralidades, de modo que foi uma tarde-noite muito bela
para todos, quando pudemos desfrutar ao lado de pessoas educadas social e
religiosamente que se fizeram presentes, oriundas até mesmo de outros estados
do Brasil, algumas que conheci e que também são de minha Ndanji Batuguengue,
algumas delas também das áreas de educação, outras colegas da UERJ, de modo que
nos sentimos deveras lisonjeados por todos os acontecimentos, incluindo o lauto
jantar servido de primeiríssima qualidade e a prestimosa atenção que nos foi
dispensada por seus filhos e filhas. Parabenizo ao irmão e amigo por sua luta
em manter como eu, as memórias ancestrais Bantu com os potenciais e teores das
essências das originalidades de nossa cultura e religião. Ficamos muito gratos
por tudo. Abraços fraternos a todos e contem conosco no engajamento dessa
caminhada de resgate do nosso patrimônio imaterial de suma importância
histórica na consolidação estrutural de nosso amado Brasil, onde suores,
lágrimas e sangue dos Bantu, fundamentaram a argamassa institucional de nossos
rincões, onde um precioso tesouro cultural nos foi legado, o que sempre foi uma
principal marca ideológica, um forte gene que corre em nossas veias. Só temos a
agradecer!!!! Tata Maganza Guejido Makoro. (Angelo de Katende)”.
São palavras desse naipe que
incentivam a nossa luta pela inclusão da cultura bantu em todos os níveis do
ensino brasileiro. Não serão as alfinetadas que mais parecem dor de cotovelo,
oriundas dos nossos eternos críticos de plantão que irão nos fazer desistir. Como
já foi dito, “Somos igual a massa de bolo, quanto mais bate, mais cresce”.
Aliás, essas pessoas, no mínimo desocupadas, trataram logo de fazer contato com
os nossos palestrantes para questionar o evento, tipo:
___ Nunca
vi Nkosi sair de máscara!. ___Nunca vi evento antes de saída de muzenza e/ou confirmação de kambondu ou Makota. ----Nunca
vl tumbondu sair de terno, luvas e
gravata! (Discussão para um outro momento).
R: Nunca viram mesmo, sabem por
que? Porque ao invés de estarem buscando a verdadeira origem do candomblé de
tradição Bantu (Ngola/Kongo) do outro lado do Atlântico, ficam se enfrentando apenas com os
ensinamentos passados pelo cabindense Roberto Reis e o congolês Manuel de
Nkosi, vindos à Bahia, iniciadores,
respectivamente, da Matriarca do Candomblé de Angola Sra. Maria Neném
(Tombenci) e do Sr. Bernadino (Bate
Folha), não havendo, então, nenhum vínculo direto com o país Angola, destas
raízes que lideram o candomblé baiano (Angola/Congo). Então, parem com esse já manjado
discurso vazio, "nunca vi isso , nunca vi aquilo". Então quem nunca viu venha ver caldeirão sem fundo ferver!.
Estudem, graduem-se, viajem, pesquisem, busquem, porque nossos jovens não vão ficar toda a vida iludidos, fantasiando AKISI de Orixá ou Vodun, ou presos, somente, a dicionário de kimbundo quando a tradição bantu é anos luz mas ampla que isso, ou mesmo continuar chamando Nzo ou Inzo de Ilê, Nguzu de Axé, Makanzo ou Didata de Obí, Makanzá de acarajé, Dibangulango de amalá e etc, etc.
Estudem, graduem-se, viajem, pesquisem, busquem, porque nossos jovens não vão ficar toda a vida iludidos, fantasiando AKISI de Orixá ou Vodun, ou presos, somente, a dicionário de kimbundo quando a tradição bantu é anos luz mas ampla que isso, ou mesmo continuar chamando Nzo ou Inzo de Ilê, Nguzu de Axé, Makanzo ou Didata de Obí, Makanzá de acarajé, Dibangulango de amalá e etc, etc.
Todos nós somos “cadinho” de cada
um, logo não somos melhores e mais ou menos sábios que ninguém, basta buscar a origem dos nossos "imediatamente mais velhos" e veremos que determinadas misturas já vem de longe. Analisar as pessoas com relativismo
é estudá-las como elas são, e não querer que elas sejam como nós. Candomblé de Angola é eclético,tanto pratica e fala o Kimbundu quanto o Kikongo e algumas vezes traduzidos para o Português. Afinal temos nove nações dentro do País Angola e se dividem em vários dialetos. Logo, torno a dizer que é muita pretenção e arrogância daquele ou aquela que se achar o dono da verdade. Não se pode
querer empurrar de guela a baixo os dogmas de uma só raiz baiana em detrimento
das outras, principalmente raiz que começou misturando Mukisi/Nkici com Vodum
já no primeiro barco. Tudo isso, sem citar aqueles que entraram pela
janela e pensam que ninguém sabe, só que tem muita gente viva que sabe sobre esses "paraquedistas" hoje conhecidos como "puxadinhos" e que se acham os "reis e rainhas da cocada preta" ao ponto de
censurarem qualquer um que não seja seu seguidor, ou discorde de suas “verdades”. Infelizmente, não perceberam, ainda, que a nossa força está exatamente nesta complexidade que é vista pelo "outro" como errada. Enquanto isso fica esse enfrentamento, que não leva alugar algum, dessas quatro raízes baianas Angola/Congo. A fila anda e a Globalização está engolindo o Candomblé Angola/Congo, enquanto o Nagocentrismo inteligentemente vai ocupando todo o espaço como única religião afro-brasileira, e hoje já se reconhecendo como Candomblé de Tradição Yorubá. Eis alguns exemplos:
O acarajé (yorubá) foi considerado patrimônio imaterial, mas antes de ser acarajé já era makanzá (bantu),
A capoeira foi considerada matrimônio imaterial, mas a maioria desconhece que veio de Angola,
O Samba, também patrimônio imaterial, veio do semba, também, nome da galinha de Angola que com o seu andar parece estar gingando no rítimo kabula que lembra o samba.
Até o Mukisi Abananganga ou Ntembu, uma divindade de origem exclusivamente Bantu, virou orixá chamada assim por provável falta de conhecimento de um sambista comentarista do carnaval da Globo no grupo especial em 2014. Parece algo simples, mas, não é, são milhões de habitantes do planeta ouvindo e assistindo o carnaval do Brasil, nesse caso recebendo uma mensagem errada. Mas quem se importa com isso, né? Melhor é enxergarmos defeitos uns nos outros, debochar da casa do outro angoleiro, quando desde de há muito tempo deveríamos ter deixado esses "modos horríveis" de lado, e atentarmos para o fantasma da extinção que nos ronda cada vez mais perto, detalhe que se não for cuidado de imediato poderá se transformar num lamentável resultado. Aliás o que seria uma grande perda para a História do nosso país.
O acarajé (yorubá) foi considerado patrimônio imaterial, mas antes de ser acarajé já era makanzá (bantu),
A capoeira foi considerada matrimônio imaterial, mas a maioria desconhece que veio de Angola,
O Samba, também patrimônio imaterial, veio do semba, também, nome da galinha de Angola que com o seu andar parece estar gingando no rítimo kabula que lembra o samba.
Até o Mukisi Abananganga ou Ntembu, uma divindade de origem exclusivamente Bantu, virou orixá chamada assim por provável falta de conhecimento de um sambista comentarista do carnaval da Globo no grupo especial em 2014. Parece algo simples, mas, não é, são milhões de habitantes do planeta ouvindo e assistindo o carnaval do Brasil, nesse caso recebendo uma mensagem errada. Mas quem se importa com isso, né? Melhor é enxergarmos defeitos uns nos outros, debochar da casa do outro angoleiro, quando desde de há muito tempo deveríamos ter deixado esses "modos horríveis" de lado, e atentarmos para o fantasma da extinção que nos ronda cada vez mais perto, detalhe que se não for cuidado de imediato poderá se transformar num lamentável resultado. Aliás o que seria uma grande perda para a História do nosso país.
Alfinetadas e repostas à parte, o
melhor agora é curtir fotos do badaladíssimo evento. Vamos lá?