"KALAEPI SAKULA UEMBU NLEMBA DILE, PEMBELE!"
(QUIETOS AI VEM O SENHOR DA PAZ. NÓS TE SAUDAMOS!).
O Estado do Rio Grande do Norte viveu no dia
18 de janeiro de 2014 um grande momento cultural, durante os festejos dos vinte
e um anos, embora já tenha trinta e quatro, do nosso muito querido Tata
Kassulupongo. A casa se manteve repleta do início ao fim, de autoridades
religiosas de várias nações de candomblé e da Umbanda, bem como autoridades
civis da Educação de Municípios e do Estado, pesquisadores, estudiosos,
sociólogos e antropólogos, docentes e discentes. A organização da festa ocorreu por conta de Madrinha
Yolanda ( esposa do Tata Kassulupongo) que mais uma vez deu um banho de
categoria e carinho, juntamente com suas filhas: Catarina, Catiana (Makota), Claudiana o neto Alessandro, bem como os Kambonos, Makotas, Kotas, muzenzas e ndumbe da Inzo, oferecendo a todos um atendimento Vips, Durante os intervalos até o momento final coroado
com um magnífico jantar oferecido pelo buffet contratado. O Tata Kassulupongo
(Moisés Fernandes Queiroz) dando mais uma de suas demonstrações de fidelidade
ao seu Tata hia Mukisi Anange, teve por livre escolha a sua inzo preparada nos
moldes do solo angolano, para que seu mukisi adentrasse no jamberessu usando traje
especificamente afro-angolano, usando inclusive Mukangê (Máscara), adorno
peculiar nos Akisi/Minkisi, de Angola e Kongo respectivamente. Vejam as fotos:
Lado direito de quem entra a casa de NNUMBI (egungun nas outras nações). (Ver referências abaixo). |
Da esquerda para a direita: Babá Melquisadec, Yalorixá Isa, Tata ananguê e Lhasa .Adicionar legenda |
primeira saída de Tata Kassulupongo. |
ARUÊ LEMBA KASSUTÉ, PEMBELÊ! |
Segundo o Proeper/CCS da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), responsável pelo curso de extensão universitária "O POVO BANTU, MITOS E DEUSES AFRICANOS DE ANGOLA: AS INFLUÊNCIAS CULTURAIS E RELIGIOSAS BRASIL/ANGOLA", para o Brasil vieram povos distintos de várias regiões angolanas e congolesas: povos de Lunda, Kioko também chamados de Tshokwe, Luba, Bakwe, Bawoyo, Baluba, Balongo, Bakongo, Muxi-Kongo, Benguela, Makua, Easanje, Kasanje, Anjiko, Rebolo, Kambinda, Munjolo, Zimbawe, Zãmbia, Trumano, Serra Leoa, Malagueta, Luena, Madagascar, ex república de Malgaxe, Makonde, Ruanda, Namíbia, Mpemba, Matamba, Ndembu, entre outros. Devido à essa diversidade de povos de diferentes regiões Bantu a variante de línguas e dialetos foi intensa, de modo que, tanto a doutrina ritual como litúrgica daquelas nações se tornaram ecléticas no território brasileiro, o que segundo ele, ( o PROEPER), ninguém pode se intitular ou achar-se como total conhecedor da cultura e tradições dos Bantu, devido o tamanho de sua abrangência, inclusive no Brasil.
Referências:
CCS - Centro de Ciências Sociais/UERJ.
PROEPER - Programa de Estudos e Pesquisas das Religiões/UERJ.
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