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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

ENXOFRE, OS MINERAIS METÁLICOS E NÃO METÁLICOS DO SUBSOLO ANGOLANO



ENXOFRE
OS MINERAIS METÁLICOS E NÃO METÁLICOS DO SUBSOLO ANGOLANO
Segundo uma série de pesquisadores, obviamente, relacionados na bibliografia de referência que conclui  este trabalho, o subsolo de Angola é composto pelos seguintes minerais metálicos e não metálicos:

Petróleo, diamantes, gás natural, tem reservas de ferro de mais de um bilião de toneladas (Província do Huíla), tem ainda, as reservas de fosfato e potássio, e minerais valiosos como ouro, bauxite, cobre, crómio, zinco, urânio, nas diversas províncias. E este riquíssimo solo de África tem ainda mármores, granito, asfalto, calcário, caulino, ENXOFRE, gesso, entre outros.  O ENXOFRE, associado a gesso, encontra-se em rochas sedimentares, na região costeira, a norte de Cabo Ledo, e a Norte de Dombe Grande, cerca de 60 quilómetros a Sudoeste de Benguela.

Segundo nossos “mais velhos” o ato de “dar comida ao chão”, ou seja, preparar o terreno onde será erguido um terreiro de candomblé Bantu Angola, colocando além de tantas outras coisas, minerais metálicos e não metálicos nos ndimbu ia mavu,(recipientes de barro), se prende a necessidade de santificar, sacralizar, energizar o subsolo nos mesmos moldes do subsolo angolano para que os Akisi (plural de mukisi) sejam presentes tanto quanto como são em seu habitat de origem, melhor dizendo, em Angola. Entretanto, o alvo escolhido desta vez, como um dos inúmeros erros ora atribuídos  pelos “sabidos”  e “sabidas” do candomblé de Angola, como por exemplo o uso de MUKANGES (máscaras),  foi o velho e amarelo ENXOFRE encontrado junto com outros minerais nos ndimbu ia mavu enterrados no subsolo de uma casa inaugurada recentemente, com direito até a plateia para chorar e desmaiar, com o intuito de espalhar o ódio entre os presentes totalmente leigos contra o já não mais pai e ou avô de santo idolatrado por vinte anos e em menos de um mês passou a não prestar mais, durante o ato de violação às divindades do subsolo: Nzimbi, Nganzimbi e Ndiazimbi, comandadas por Kalunganzimbi. Será que essa turma de sabidos pelo menos desconfiam que ENXOFRE é um mineral , e que abunda no subsolo angolano? Ou será que atribuem o referido mineral não metálico às artes maléficas do demônio, segundo as colocações da igreja católica, a partir da Idade Media, que retrata a aparição ou retirada do mesmo através de estarrecedora explosão deixando no ar o forte odor de ENXOFRE. Mesmo assim, prefiro acreditar que tratam-se de KILULU UAÍBA, espíritos malígnos, ou que seja mesmo falta de conhecimento associada a maldade, falta de respeito a si próprio e porque não dizer inveja e vingança. Digo isso, porque poucos são aqueles que desconhecem a venda nas farmácias da antiga pomada de enxofre como cura medicinal, receitada pelos médicos e veterinários para úlceras crônicas que afetam os seres humanos e não humanos principalmente nos órgãos  externos. Também é muito comum nas casas que tem poço colocar uma pedra de enxofre no fundo do mesmo para eliminar micróbios.  Moral da história, conclui-se: já que o enxofre é considerado por esses angoleiros “donos da verdade” como  um grande vilão, com toda a certeza, estes desconhecem ou nunca tomaram o famoso e litúrgico “BANHO DE KARU” em cuja receita leva o tão “famigerado” ENXOFRE em pó, evitado apenas para as pessoas que sofrem de asma ou bronquite crônica.

Fica, então o provérbio: QUEM EM MUITAS PEDRAS BOLE, UMA LHE CAI NA CABEÇA!

BIBLIOGRAFIA
4.1- Publicações diversas
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SIMÕES, J. A. ROCHA- 1963- Relatório sobre a Pesquisa e Exploração de Ouro.
VALE, F. SOUSA DO- 1950- Reconhecimento Geológico do Jazigo de Cobre e Ouro de Caquete-Cuma.